Este ano, decidimos também destacar alguns dos álbuns favoritos da nossa equipe editorial, como costumamos fazer no Instagram, e eu tenho o prazer de ser o primeiro a postar, trazendo um pouco do caos muscal que ficou conhecido em nosso podcast.
Assumo que esse ano ouvi menos música (mas tirei muito mais fotos) do que nos últimos anos então com certeza perdi alguma coisa boa, fiquem a vontade de sugerir suas opiniōes me mandando uma direct no Instagram.
“Blackbraid II”, do Blackbraid, emergiu como um marco notável no metal de 2023. O projeto liderado por Sgah’gahsowah é aclamado pela crítica por sua inovadora fusão de black metal com elementos da música nativo-americana.
A faixa “The Spirit Returns” exemplifica a habilidade em combinar intensidade e melodia, enquanto “Moss Covered Bones on the Altar of the Moon”, uma composição épica de quase 14 minutos, é elogiada por integrar flautas nativo-americanas e guitarra excepcional. A produção do álbum é destacada por seu equilíbrio perfeito entre tradição e modernidade, elevando a qualidade e a autenticidade da música.
Este álbum não só estabelece um novo padrão no black metal americano, como também oferece uma experiência sonora única e impactante, refletindo um respeito profundo pela cultura nativo-americana.
“Exul” da Ne Obliviscaris é uma joia do metal progressivo e extremo, marcando o retorno triunfal da banda após seis anos. Este álbum se destaca por sua complexidade e beleza, mantendo a identidade única da banda.
“Exul” é o trabalho mais sombrio e evocativo da Ne Obliviscaris até hoje, representando um rejuvenescimento criativo impressionante da banda.
A produção do álbum é excepcional, destacando cada elemento da música de forma clara e equilibrada, resultando em uma harmonia perfeita entre os elementos pesados e sombrios com a beleza melancólica da música.
O álbum “The Rime Of Memory” do Panopticon é uma experiência sonora épica e complexa que combina elementos de metal melódico, black metal atmosférico e folk. Cada uma das seis faixas do álbum é uma jornada em si mesma, com destaque para “Cedar Skeletons” por seu excelente trabalho de guitarra e fluidez. Outra faixa notável é “I Erindringens Høstlige Dysterhet”, que se destaca por seus riffs memoráveis e pegajosos.
“Winter’s Ghost” é uma composição de black metal perfeitamente elaborada, evocando imagens de campos gélidos e congelados. O álbum é uma obra de arte singular que exige uma audição completa para ser plenamente apreciada, oferecendo uma atmosfera fria e áspera que é tanto alienante quanto emocionalmente cativante.
Apesar de sua duração desafiadora, o álbum tem a capacidade de atrair o ouvinte para mais audições, graças à sua atmosfera poderosa e à emoção palpável em suas composiçõe
O álbum “In Times New Roman…” dos Queens of the Stone Age é um trabalho sombrio e introspectivo, marcado por experiências pessoais desafiadoras do vocalista Joshua Homme, como a perda de amigos próximos, seu diagnóstico de câncer e seu divórcio. Musicalmente, o álbum apresenta uma mistura de rock pesado com nuances experimentais e um toque de humor negro.
Destacam-se faixas como “Straight Jacket Fitting”, que contém reflexões sobre a insanidade, e “Obscenery”, que começa com riffs de guitarra marcantes e transita para um coro grandioso. Outras músicas como “Negative Space” e “Made To Parade” também se destacam por sua energia e estilo característico da banda. O álbum mantém o espírito travesso da música do grupo, mas com uma abordagem mais sombria e desorientadora, refletindo as lutas pessoais de Homme
“Step Into The Light” e “Failure Will Follow” do The Acacia Strain exibem contrastes marcantes. O primeiro, rápido e agressivo, destaca-se por sua intensidade hardcore.
O segundo, mais denso e sombrio, mergulha no doom e sludge metal, com faixas longas e atmosféricas como “Bog Walker”. Ambos os álbuns demonstram a habilidade da banda em variar estilos mantendo qualidade e intensidade consistentes.
O álbum “Kob'” da banda Arkona é uma obra conceitual que mergulha profundamente no metal pagão e black metal. Com letras introspectivas, o álbum explora temas sombrios e apocalípticos. Masha Scream, com sua voz variando entre guturais e limpas, cria uma atmosfera densa e envolvente.
As faixas misturam elementos folclóricos com riffs pesados de metal, destacando-se pela sua diversidade e intensidade. A faixa “Ydi”, por exemplo, é épica e repleta de batidas poderosas e vocais impressionantes de Masha. “Kob'” é elogiado por sua abordagem única e pela habilidade da banda em criar uma experiência musical imersiva e complexa
Cult of Luna” com “The Long Road North” traz uma mistura de momentos poderosos e contemplativos, em uma escala quase cinematográfica. A abertura com “Cold Burn” é marcante, com riffs pulsantes e vocais rasgados.
O álbum, influenciado pela natureza nórdica, alterna entre intensidade e desolação atmosférica, com destaques como “Beyond I” e “An Offering to the Wild”. A produção é imersiva, cada faixa contribuindo para uma experiência coesa e cativante.
O álbum “The Excuses We Cannot Make” da banda Lions at the Gate, formada por ex-membros do Ill Niño, é uma estreia impressionante no cenário do metal alternativo.
Este trabalho apresenta uma mistura bem equilibrada de metal moderno com elementos do início dos anos 2000, mantendo-se pesado, melódico e repleto de refrões cativantes. A presença de teclados adiciona uma ambiência distintiva às faixas, ampliando o tom sombrio das letras, que abordam temas como arrependimentos e lutas internas.
Gridlink retorna com “Coronet Juniper”, uma façanha impressionante que reafirma sua maestria em grindcore. Este álbum, uma sequência digna de “Longhena”, marca o retorno após um hiato de nove anos. É um compacto de 19 minutos que mescla habilidades técnicas supremas com uma abordagem frenética e precisa.
“Silk Ash Cascade” abre o álbum com uma aura quase death metal, enquanto “Ocean Vertigo” e “Pitch Black Resolve” surpreendem com melodias cativantes, destacando-se em meio ao caos controlado. A adição de Mauro Cordoba no baixo aprimora ainda mais a textura sonora da banda. As guitarras ágeis de Matsubara, combinadas com os vocais intensos e característicos de Chang, criam um ambiente onde cada faixa traz algo novo à mesa, mantendo o ouvinte preso do começo ao fim.
“Veil of Death, Ruptured” da banda holandesa Asagraum é um álbum de black metal que mescla agressividade e melodia, uma característica marcante do gênero. Este trabalho destaca-se por sua produção bem cuidada e pela capacidade de criar uma atmosfera envolvente e intensa.
As faixas “Ignem Purificat Lilitu” e “Fearless Dominance” iniciam o álbum com uma abordagem direta e sem concessões, apresentando riffs vigorosos e vocais crus. A inclusão de interlúdios instrumentais, como “Opus Ad Errantem” e “Opus Ad Aeternum”, oferece um contraste interessante com a ferocidade das outras faixas, criando uma dinâmica mais rica para o álbum.
Take Me Back to Eden”, o mais recente trabalho do Sleep Token, revela uma evolução na sonoridade da banda, mesclando elementos de metal alternativo e indie pop. O álbum abre com “Chokehold”, uma faixa poderosa que combina arranjos evolutivos com vocais intensos, criando uma atmosfera emocionante.
Por outro lado, faixas como “Aqua Regia” destacam-se por sua suavidade e elegância, trazendo um contraste interessante ao álbum. Apesar de ser um trabalho bem produzido e com momentos de destaque, sinto que faltou a inovação característica dos seus álbuns anteriores. “Take Me Back to Eden” acaba sendo um pouco convencional e não tão memorável quando comparado aos seus predecessores.
“Femina Furens” do Djunah, liderado por Donna Diane, é um álbum intenso e emocionante. Misturando rock pesado com poesia, aborda a recuperação do transtorno de estresse pós-traumático. As músicas variam entre rock alternativo, metal e punk, destacando-se pela entrega apaixonada e diversidade sonora. As guitarras e bateria criam uma atmosfera poderosa, enquanto os vocais de Diane exibem uma amplitude emocional crua. As letras inspiradas por poetas como Gerard Manley Hopkins e Sylvia Plath adicionam profundidade poética ao trabalho. “Femina Furens” é um retrato visceral e catártico, misturando agressividade e vulnerabilidade
Abaixo seguem alguns outros álbuns que eu gostaria de recomendar que acho que valem a pena ser ouvidos, sem nenhuma ordem especifica:
Artists: Arkona, Asagraum, Baroness, Blackbraid, Crypta, Cult of Luna, Devildriver, Froglord, Graveyard, Haken, King Gizzard & The Lizzard Wizard, Kverlertak, Ne Obvliscaris, Panopticon, Queens of the Stone Age, Sanguisugabogg, Sleep Token, Stoned Jesus
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