Photos by Vitor Lage
Com data dupla em Portugal a ?Modern Primitive European tour? desembarcou no Porto e em Lisboa nos dias 15 e 16 respetivamente contando com os gregos do Septicflesh, os irlandeses do Equilibrium , os alems do Oceans e a banda de apoio grega Scar of the Sun e nos estivemos no lisboa ao vivo naquela quarta feira chuvosa para conferir toda a brutalidade que era nos servida.
Apoiando os coirmãos do Septicflesh , o Scar of the Sun teve pouco mais de trinta minutos para se apresentar a um publico português que já começava a encher a sala 1 do Lisboa ao vivo.
O quinteto que conta com 3 álbuns editados, sendo o mais recente o ?Inertia? lançado em 2021 surpreendeu e muito pela positiva , com uma mescla interessante de estilos e vertentes que trafegam desde o death metal melódico até o groove metal , com uma cozinha devastadora e duas guitarras de sete cordas que dão um peso absoluto a sonoridade dos gregos , o quinteto soube aproveitar bem seu tempo.
Aqui esta uma banda que eu já venho acompanhando faz algum tempo , desde que escutei o ?The Sun and the Cold? álbum de estreia da banda lançado durante a pandemia, algo me cativou ao estilo muito próprio do quarteto.
Chegando em Portugal com seu terceiro álbum tendo acabado de sair do forno ?Happy? certamente é a consolidação dos alemães e austríacos já que a banda é uma mescla dos dois países. Falando do que interessa quando Timo Schwämmlein o frontman cheio de estilo e carisma subiu ao palco e a capela sem microfone bradou o inicio de ?PARASITE? já ficou claro aquilo que veríamos.
Intensidade e competência acompanhada por ousadia e modernidade de se misturar metalcore com nu metal com post-harcore e metal alternativo tudo muita identidade própria e peso , muito peso de uma banda afiada e entrosada. Não tenho duvidas que nos próximos anos iremos ver Oceans se tornar uma banda extremamente grande dentro da cena.
Quando pude assistir pela primeira vez a banda irlandesa Equilibrium no Milagre Metaleiro em Pindelo dos Milagres tive a sensação de que estava diante um dos concertos mais divertidos que já havia visto ultimamente e me lembro de pensar como seria bom poder vê-los em um lugar fechado com uma qualidade de som melhor e mais intimista.
Pois eu tinha razão , pouco depois de 50 dias , o quinteto irlandês regressou a Portugal para entregar tudo e mais um pouco em 60 minutos de pancadaria e puro entretenimento. O Começo clássico dos tambores até a dupla de guitarristas extremamente afiados e entrosados fazem com que não se sinta falta nenhuma de um baixista , o vocalista Fabi alem de cantar muito é extremamente carismático e interage sempre com a plateia que neste momento já lotava o Lisboa ao vivo e estava alucinada.
Classicos como ?Born to Be Epic? , ?Awakening?, ?Cerulean Skies? e ?One Folk/Nexus? que fechou o set list lavaram a alma de quem pode presenciar um concerto irretocável.
Pontualmente as 22:30 , já com a sala 1 do LAV tomada e dentro de uma atmosfera extremamente curiosa e ansiosa surge finalmente os reis da noite , com a tour de seu álbum mais recente , o maravilhoso ?Modern Primitive? lançado em 2022 o Septicflesh incendiou o publico com os primeiros acordes de ?The Vampire from Nazareth?.
O quinteto de Atenas já tem mais de trinta anos de uma carreira consolidada, mesmo nunca sendo headliner de grandes festivais é uma banda que seguramente entrega tudo que esperamos em um concerto de metal extremo, principalmente quando se trata de concertos em uma sala fechada. O tamanho da densidade da sonoridade dos gregos é assustador , parece que o som ocupa cada vácuo da sala deixando o ar com toneladas de decibéis.
Som mortíferos como ?Neuromancer? , ?Hierophant? e ?Coming Storm? de seu álbum mais recente colocaram o publico em estado apocalíptico e se até aquele momento em todos os outros concertos as rodas estavam tímidas , aqui foi tudo abaixo e as rodas se tornaram frequentes até o ultimo acorde da noite. No total o Septicflesh tocou cinco musicas de ?Modern Pirimite? algo que temos que aplaudir , poucas bandas hoje em dia tocam tantas musicas de albuns recém lançados , priorizando classicos e não apresentando o trabalho novo ao publico com receio de o publico não apoiar.
Quando a banda voltou para o encore a noite já estava mais do que perfeita , eis que ?Anubis? e ?Dark Art? ditam o final com perfeição e com sentimento de dever cumprido , de um frontman Spiros Antoniou exaltando o publico português e de um publico retribuindo o carinho e a dedicação quem tem pautado a carreira dos gregos.
Venue: Lisboa ao Vivo, Lisbon
Artists: Equilibrium, Oceans, Scar of the Sun, Septicflesh
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