Fotos por Vitor Lage
Na ultima quarta feira véspera de feriado , tivemos uma noite memorável para qualquer fã do bom e velho hard rock , uma dobradinha vindo diretamente do Reino Unido com Grand Slam e FM fazendo historia e quem esteve lá certamente sentiu isso de imediato.
GRAND SLAM
Formada originalmente em 1984 por Phil Lynott (vocal principal e baixo), após a separação do Thin Lizzy. O Grand Slam esteve ativo por um ano até a morte prematura do icónico Lynott que morreu em 1986, mas a banda foi revivida em 2016 pelos membros originais Mark Stanway e Laurence Archer.
A banda lançou este ano o seu mais recente álbum chamado “Whell Of Fortune” com uma sonoridade que remete muito a Phil Lynott mantendo a essência da banda, e ficou ainda mais claro quando a banda tocou musicas deste trabalho como “There goes my heart” ou “Come Together (In Harlem)” para um publico ainda pequeno presente no LAV. Uma pena porque quem estava lá pode conferir toda a intensidade e amor que a banda entrega quando sobe ao palco, um lugar sagrado para qualquer musico serio.
O vocalista Mike Dyer sempre com uma presença de palco intensa e muito carismático entregava tudo , ate pingar de suor durante clássicos como ” Military Man” de outro ícone da Irlanda Gary Moore , o guitarrista Laurence Archer um dos fundadores do Grand Slam também é um dos destaques com solos precisos e muito bem elaborados, além do baixista Rocky Newton outra lenda da musica britânica e do baterista Benjy Reid que fazem uma cozinha avassaladora.
Já no final do concerto, o Grand Slam ainda disse que teria tempo para uma ultima canção e perguntou se o publico gostaria, a resposta foi mais do que óbvia e foi ai que veio um dos momentos mais emocionantes da noite , o clássico irlandês “Whiskey in the Jar” cantando a plenos pulmões por todos os presentes foi uma forma doce e brilhante de se despedir de uam banda que soube chegar e esquentar os motores para o que viria a seguir.
FM
As 21:30 os lendários britânicos do hard rock adentraram ao palco do LAV , já com uma sala um pouco mais composta embora ainda bastante vazia, e aqui vai um puxão de orelha ao publico de hard rock português que vive se queixando que as produtoras não trazem bandas deste estilo para Portugal, a Clap Box este ano nos presenteou com Winger , Grand Slam e FM bandas que quase nunca passariam por portugal e faltou apoio dos fãs do estilo sem duvidas.
Vamos falar de coisas boas , celebrando 40 anos de estrada os britânicos FM são uma referência mundial do AOR/Rock Melódico, acabaram de lançar o seu mais recente álbum Old Habits Die Hard este ano e não poderiam estar em melhor forma.
Com um set list cheio de clássicos , o quinteto capitaneado por Steve Overland colocou todos para dançarem logo na abertura com “Digging Up the Dirt” , focando nos álbuns Indiscreet e Tough It Out de 1986 e 1989 respectivamente e de maiores sucessos da banda, petardos como “I Belong to the Night”, “Bad Luck” e “Hot Wired” não teve uma viva alma dentro do LAV que consegui ficar parado.
Mostrando todo o amor e dedicação que a banda tem pelo palco , o vocalista e guitarrista Steve Overland foi um grande exemplo de paixão e de comprometimento , no quesito carisma foi nota 10 e no quesito afinação e alcance vocal nota 100, de fazer inveja a nomes gigantescos do hard rock que hoje só vive de marca, caso de Axl, Paul Stanley ou Vince Neil, Steve deu um show a parte mostrando o porque foi e continua sendo considerado como um dos principais vocalistas de sua geração.
Ainda deu tempo para um encore de luxo , “Story of My Life”, “Let Love Be the Leader” e “Other Side of Midnight” encerraram uma noite memorável e inesquecível para todos que estiveram naquela quarta feira dia 30 de Outubro no Lisboa ao vivo, uma noite em que mais do que dançar, cantar e se divertir, apoiamos uma cena de hard rock que poderia estar muito melhor em Portugal.
Agradecimentos: Clap Box
Artists: FM, Grand Slam