O último dia do Lisbon Tattoo Rock Fest 2024 foi sem duvidas o mais ecletico, havia musica para todos os gostos, claro que só bom gosto.
O publico contou com um line up de luxo que pode entregar tudo e mais um pouco trazendo uma satisfação absoluta a quem esteve presente no LAV.
Diretamente de Braga a banda Capela Mortuária que certamente quem segue o MetalJunkbox já ouviu falar, abriu o dia com toda a sua brutalidade impar que já é costumas , com um frontman que se dedica na entrega da função o vocalista João Carlos.
Os bracarenses logo mostraram ao publico presente que estava ali para entregar toda a capacidade de uma das grandes bandas da cena atual de metal extremo portuguesa.
Apresentando musicas como “Imploro o Caos”, “Ego” , “Ódio” não houve quem estivesse de frente para a banda e não ficasse alucinado com a potencia vinda do palco.
Ainda deu tempo, apesar do pouco tempo que a banda tinha disponivel para um cover de “Troops Of Doom”, clássico da banda Sepultura. Show impecável de uma banda que vale muito a pena acompanhar de perto.
O carismático e polemico Michale Graves apareceu no palco um pouco antes das 19:30, quando se via por todo o recinto dezenas de t-shirts do Misfits , banda que Mr.Graves fez parte de 1997 até 2000, onde gravou álbuns amados até hoje como American Psycho (1997), Evilive II (1998) e Famous Monsters (1999) que completa 25 anos este ano.
Acompanhado pela banda House Of Dawn, Mr.Graves foi de cabeça em toda a discografia do Misfits logo na primeira música, “Abominable Dr. Phibes” + “American Psycho”, o público reagiu de imediato dizendo que esse era o caminho que queria e a partir dai o deleite foi aumentando a cada classico como “Walk Among Us”, “From Hell They Came” e o hino “Dig Up Her Bones” onde todo o LAV veio abaixo. Ainda mandou classicos da época
de Glenn Danzing como “Last Caress”, “Halloween” entre outras. Importante dizer que Graves se apresentou muito bem tanto fisicamente como a voz que ainda dá um belo caldo.
Graves comentou de forma leve e rapida sobre uma pausa nos shows que ira fazer , brincando que não se tratava de problemas legais, em referência às suas recentes controvérsias em que se ligou ao grupo de extrema direita Proud Boys, , e aceitou testemunhar a favor do grupo que invadiu o capitólio.
Posto isso , o final ficou na “balada” Helena pedida diversas vezes por gritos do publico, foi desta forma que um dos shows mais aguardados da noite se encerrou , um show que entrou aos 90 minutos da segunda parte no line up e que trouxe uma satisfação avassaladora em todos os fãs dos emblemáticos do horror Punk Misfits.
Poucos artistas da atualidade conseguem ter o carisma e a flexibilidade musical de Adam “Nergal” Darski, lider da banda de black metal Behemoth e do Me and That Man que mescla de forma primorosa Blues e dark folk.
A banda que já conta com três albuns , regressou para abrilhantar ainda mais o Lisbon Tattoo Rock Fest 2024, e devo parabenizar aqui a produtora Hell Xis Agency, pela escolha mais do que acertada, por se tratar de uma banda que consegue agradar todo e qualquer publico e gostos.
Pouco depois das 21h o quarteto subiu ao palco do LAV e logo já cativou toda a audiência com sua atmosfera densa, sombria quase nos levando para os tempos de saloon do velho oeste , com musicas como “Run With the Devil” e “My Church Is Black” que foi cantada a plenos pulmões por fãs e curiosos.
Ainda rolaram perolas como “Burning Churches”, “Coming Home”, “Losing My Blues” e o gran finale “Blues & cocaine” grava originalmente por Michale Graves no segundo álbum da banda “New Songs, Same Shit, Vol. 1” lançado em 2020 , que se juntou a banda para cantar in loco para o publico português algo inédito é sensacional que deixou todos em total euforia.
Não são muitas bandas hoje em dia que conseguem entregar um show com a brutalidade, intensidade e capacidade como os ingleses do Onslaught que fecharam de forma espetacular o Lisbon Tattoo Rock Fest 2024.
Por volta das 22:30 o quarteto veterano entrou em “campo” já com o jogo ganho, plateia aquecida e completamente doida para ver toda a potencia do Onslaught e não demorou muito bastou os primeiros acordes de “Let There Be Death” para o caos se instaurar no LAV.
Com um set list poderoso que conseguiu trafegar por todo o território da banda nos mais de quarenta anos , entre uma pausa enorme claro, o quarteto agora liderado pelo gigantesco Dave Garnett não deixou nada mais do que pedras sobre pedras , dinamites como “Strike Fast Strike Hard”, “Born for War”, “66’Fucking’6” e “Thermonuclear Devastation” de fato devastaram todos que estavam presente.
Não poderia existir outra possibilidade para fechar um evento deste tamanho , que cada a cada ano se consolida mais no calendário de todos que apreciam arte, cultura e musica boa!
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